Universidade

Alunos quilombolas e indígenas estão sem receber bolsa

Ministério da Educação ainda não abriu bolsas-permanência para os ingressos em 2018

Situação que atinge todas as universidades federais do país, a falta da bolsa-permanência para estudantes indígenas e quilombolas ingressos neste ano afeta também a Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Os dez alunos ingressantes nesta modalidade, em vestibular específico realizado na primeira semana de abril, não contam com o auxílio do Ministério da Educação (MEC) de R$ 900 por mês. Alunos que ingressaram em anos anteriores recebem o valor normalmente. No Brasil, cerca de 2,5 mil estudantes indígenas e quilombolas rstão sem receber a bolsa.

Segundo o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Mário Renato Azevedo Júnior, o MEC manifestou interesse em abrir novas bolsas para este ano, em acordo com as diretrizes orçamentárias do ministério. As informações divulgadas pela Agência Brasil indicam que a situação será regularizada no segundo semestre, sem no entanto o MEC anunciar o número de bolsas a serem ofertadas.

Um manifesto de estudantes quilombolas e indígenas foi repassado à pró-reitoria da UFPel, com a informação de que o MEC prometeu apenas 800 novas bolsas para 2018. O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Emmanuel Tourinho, falou com a Agência Brasil sobre a situação dos estudantes. “Os nossos alunos, sem suporte, não conseguem permanecer na universidade, não conseguem acompanhar as atividades acadêmicas”, afirmou.

Em Pelotas, dos dez estudantes aprovados no vestibular realizado em abril, cinco já estão em aula, sem receber a bolsa-permanência. Segundo o pró-reitor de Assuntos Estudantis, a UFPel ajuda com a moradia, nos apartamentos da Casa do Estudante e também em uma casa destinada especificamente aos quilombolas e indígenas, e no auxílio transporte e alimentação.

Dada a atual conjuntura, é possível que as novas bolsas ofertadas pelo MEC não contemplem os dez alunos. “Vamos ver dentro da nossa capacidade o que poderemos fazer. Alguma ajuda por parte da Universidade vai haver, dentro da nossa capacidade orçamentária”, afirmou o pró-reitor Mário Azevedo Júnior. A bolsa-permanência é ofertada exclusivamente a alunos quilombolas e indíneas na UFPel desde 2016.

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